PERFIL ABES-MG

valter vilela

Projeto Perfil Valter Vilela Cunha

 

Fale sobre sua trajetória acadêmica/profissional.

Nasci em Uberaba e me formei em Engenharia Civil na UFMG. Depois, me formei também em Engenharia Sanitária e, em Engenharia Econômica. Meu primeiro emprego foi na Prefeitura de Belo Horizonte, na Seção de Projetos de Canalizações. Posteriormente, fui contratado pelo DEMAE (Departamento Municipal de Águas e Esgotos de BH). Em 1973, a COMAG (Companhia Mineira de Águas e Esgotos) assumiu o DEMAE. A COMAG, posteriormente, passou a se chamar COPASA. Na COPASA, passei por diversas atividades e cargos, tais como, Superintendente de Projetos e Superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Aposentei em janeiro de 2016.

 

Como você conheceu a ABES?

Entrei na ABES em julho de 1977, quando da realização do 9º Congresso Brasileiro da ABES, em BH. Na época, a ABES-MG tinha sua sede no DNOS (Departamento Nacional de Obras de Saneamento). Em 1983, a sede foi transferida para uma sala na COPASA, na Avenida Brasil, onde fui seu Secretário, de 1983 a 1987. Posteriormente, a sede foi transferida para uma sala do DESA (Departamento de Engenharia Sanitária da Escola de Engenharia) da UFMG, na Avenida do Contorno. Em setembro de 2007, com a realização do 24º Congresso de Engenharia Sanitária da ABES, em Belo Horizonte, a ABES obteve recursos financeiros para, em 2008, comprar a sua atual sede, na Rua São Paulo. Participei de várias gestões da ABES, tendo sido membro do Conselho Diretor da ABES-DN, por 2 mandatos, e membro dos Conselhos, Consultivo e Fiscal da ABES-MG, por diversas vezes, além de Diretor da Regional Sudeste da ABES-DN, de 2003 a 2006. Importante salientar que a ABES tinha uma boa receita financeira com a venda de seus livros técnicos que eram referência para os profissionais do setor.

 

Conte um pouco sobre os desafios e as vantagens de ter atuado em uma das maiores Companhias de Saneamento do Brasil? E qual foi o trabalho que você considera marcante em sua carreira?

A COPASA foi muito importante na minha vida profissional. Foi onde tive um grande crescimento atuando nas áreas de Planejamento, Projetos, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Coordenei o PROSAM (Programa de Saneamento Ambiental das Bacias do Arrudas e Onça) na RMBH, que foi financiado pelo Banco Mundial. O PROSAM propiciou a implantação das estações de tratamento ETES Arrudas e Onça . Outro programa importante foi o “Programa de Revitalização do Rio São Francisco, em convênio com a CODEVASF, que implantou 17 Sistemas Completos de Esgoto na bacia. Minha atuação na COPASA, no COPAM e no CERH me levaram a fazer parte do livro “História e Memória da FEAM - 20 anos”, publicado em 2010, na gestão do Dr. José Claudio Junqueira, que ressaltava a competência, credibilidade e honestidade que qualificava a FEAM.

 

Você vem participando ativamente das atividades da ABES sendo associado desde 1977. O que toda essa atuação agregou para a sua vida profissional?

A ABES me proporcionou incrementar meus conhecimentos técnicos participando de cursos e congressos . Ressalto, também, a importância dos livros técnicos produzidos pela ABES agregando conhecimento. Importante salientar a “Rede de Contatos” adquirida nestes anos.

 

Mesmo já tendo se aposentado você continua fazendo projetos? Em que áreas tem atuado?

Atualmente, minhas atividades se restringem a representar a ABES-MG nas Câmaras Técnicas do COPAM, do CERH, bem como no CBH Rio das Velhas, onde participo do Plenário e de mais três Câmaras Técnicas.

 

Como você vê o papel da ABES para a área do Saneamento e para a sociedade?

A missão da ABES é ser propulsora de atividades técnico-científicas, político-institucionais, e de gestão, visando contribuir para o desenvolvimento do saneamento e do meio ambiente, proporcionando melhor qualidade de vida às pessoas.

Em julho de 1977, durante o 9º Congresso CBESA, realizado em BH, a ABES teve seu nome alterado passando para “Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental”, com isto agregando valor ao quesito meio ambiente.

Creio que o futuro da ABES passa pelos Jovens Profissionais do Saneamento (JPS), que poderá construir novas forças e trazer inovações para a associação.

 

Quais são suas expectativas para o congresso da ABES?

Em maio, teremos o 32º Congresso Brasileiro, que será o 3º CBESA realizado em Belo Horizonte, mostrando a pujança da nossa Seção Minas Gerais.

Creio que será um sucesso, e serão discutidas importantes questões do saneamento e da saúde pública, bem como, o Marco Legal do Saneamento Básico (Lei 14026/2020).

BH tem plenas condições de realizar um ótimo congresso. Possui um Centro de Convenções adequado, boa rede hoteleira e uma gastronomia diferenciada.