PERFIL ABES-MG

André Horta Entrevista

Perfil ABES-MG – André Horta

Fale sobre sua trajetória acadêmica/profissional

Sou Engenheiro Civil pela UFMG; Mestre em Engenharia Ambiental e Infraestrutura Sustentável pelo Instituto Real de Tecnologia (KTH – Suécia) e Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DESA/UFMG.

Sócio-Diretor da Horta Engenharia, com experiência no desenvolvimento de projetos de saneamento e meio ambiente em empresas do setor privado.

Atual Vice-Presidente da ABES-MG – Associação de Engenharia Sanitária e Ambiental, seção Minas Gerais; e representante da ABES-MG no Conselho Fiscal da Agência Peixe Vivo, onde fui eleito presidente, além de Membro titular do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

Como você conheceu a ABES?

Meu primeiro contato com a ABES foi em 2007, enquanto aluno de graduação do curso de Engenharia Civil da UFMG. O então Presidente da ABES-MG, Márcio Pedrosa, me convidou para ser o Coordenador Estudantil do Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental daquele ano, cuja sede foi Belo Horizonte. Eu aceitei o convite e desde então venho atuando junto à instituição. Comecei participando do JPS-MG – Jovens Profissionais do Saneamento, seção Minas Gerais, inicialmente como membro, posteriormente como coordenador. Depois passei a integrar as chapas da diretoria da ABES-MG e hoje ocupo o cargo de Vice-Presidente da seção mineira. Este ano eu completo 16 anos de ABES!

Como foi sua experiência como coordenador do JPS-MG no período de 2014 a 2016?

Foi uma experiência muito enriquecedora e um grande desafio. O JPS ainda estava em fase de amadurecimento, poucos estados haviam implantado o Programa de Jovens Profissionais do Saneamento. Os grupos que coordenavam o JPS em Minas sempre foram muito atuantes e recheados de pessoas capacitadas, isso ajudou bastante. O apoio da diretoria da ABES-MG também foi fundamental. Fizemos muitos eventos, o programa cresceu e nos tornamos uma referência para as demais Seções que estavam implantando o programa. Foi gratificante!

Como está sendo sua experiência como vice-presidente da ABES-MG? O que essa função agrega para sua vida profissional?

Ser Vice-Presidente da ABES-MG é uma honra e uma grande responsabilidade. Além das discussões técnicas do setor, temos que nos posicionar perante os eventos que impactam o meio ambiente, o saneamento, a saúde pública e a sociedade como um todo. Como Vice-Presidente também é importante cuidar das questões internas e administrativas da Associação, além da significativa atribuição de promover, neste ano de 2023, um memorável Congresso da ABES, cuja seção mineira será a anfitriã.

Quais são os desafios e as vantagens de empreender?

Os desafios ao empreendedorismo no Brasil são muitos, superá-los é uma tarefa árdua. Em uma empresa que não é de grande porte, os sócios, além de serem os responsáveis diretos pela qualidade técnica dos trabalhos desenvolvidos, são também incumbidos de realizar tarefas de gestão e administração da empresa.

Uma das vantagens de empreender é a possibilidade de alçar voos maiores do que se alcançaria como funcionário de uma empresa. No meu ponto de vista, a principal vantagem é a de ter a possibilidade de participar de discussões no plano estratégico e de estar envolvido diretamente com os tomadores de decisão das empresas parceiras.

Como você vê o papel da ABES para o setor e para a sociedade?

A ABES tem um papel de extrema relevância para a sociedade, sendo um importante ator na luta pelo bem-estar comum, melhoria da qualidade de vida e das condições sanitárias e ambientais da população.

As questões que envolvem o saneamento ambiental são indissociáveis do campo da política. Nos últimos anos, temos vivido uma grande polarização e as decisões sofrem grande influência de ideologias partidárias. Nesse cenário, a ABES tem o trunfo de ser uma entidade muito respeitada para atuar em prol da sociedade, agindo e se posicionando como uma instituição técnico-científica, que congrega os melhores profissionais do setor, de forma autônoma e independente.

Quais são suas expectativas para o congresso da ABES?

As minhas expectativas para o 32º CBESA – Congresso de Engenharia Sanitária e Ambiental e para a FITABES – Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento, que irão ocorrer neste ano em Belo Horizonte, são as melhores possíveis. Como já foi dito, estamos trabalhando intensamente para realizar um ótimo Congresso da ABES.

No plano pessoal, é uma satisfação enorme ajudar a organizar este grande evento na cidade em que eu moro, onde nasci e fui criado. Nas sete edições anteriores em que participei, fiz muitos amigos, que atuam com saneamento ambiental em todo o Brasil. Será um prazer reencontrar muitos deles esse ano. O JPS contribuiu muito com os laços de amizade. Ademais, após 16 anos, “Beagá” volta a sediar o CBESA. É nostálgico lembrar da minha primeira participação no Congresso e na comissão organizadora como Coordenador Estudantil em 2007. Agora em 2023, como Vice-Presidente da ABES-MG, a responsabilidade e o envolvimento são ainda maiores.

São muitos desafios, muito trabalho a ser realizado em um curto prazo, mas a intenção é proporcionar uma excelente experiência aos congressistas. Tudo está sendo pensado e planejado para que os participantes desfrutem ao máximo os eventos técnicos e a feira, desenvolvam o network e aproveitem as atividades sociais do Congresso. E claro, apreciem tudo que nosso Estado e nossa capital oferecem, pois a cultura mineira é riquíssima. Vamos fazer jus à fama de ser o povo mais hospitaleiro e à nossa tradicional música: “...quem te conhece não esquece jamais, oh Minas Gerais!”.

Como é a sua vida além da sua rotina profissional e da ABES?

Eu considero que tenho uma vida social intensa, gosto muito de estar junto à família e aos amigos. Em quantidades bem moderadas, curto apreciar uma boa cerveja em momentos de confraternização. Sou muito ligado aos esportes, tanto praticar, quanto assistir. Os joelhos não me permitem mais jogar futebol, mas jogo tênis com uma boa frequência. Meu pai me acostumou a ir ao Mineirão acompanhar o Cruzeiro, este costume eu gostaria de passar para o Gustavinho, meu filho. Outro prazer que tenho na vida é viajar e vivenciar diferentes culturas.