MP admite erros em Mariana e anuncia atuação mais rigorosa contra a Vale



Sem revelar as estratégias de atuação no caso do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, o Ministério Público Estadual (MPE) diz que terá postura diferente daquela em relação à tragédia de Mariana, onde vazaram os rejeitos da Barragem do Fundão, da Samarco, para agilizar reparação dos danos às vítimas de Brumadinho. Três anos depois do crime em Mariana, na Região Central de Minas, pessoas que perderam familiares, casas, trabalho e a história de vida com a avalanche de lama, ainda esperam indenização e punição aos culpados.

 

A promotora Andressa de Oliveira Lanchotti, coordenadora do Centro de Apoio das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), não descartou o pedido de prisão dos diretores da Vale. “Não vou expor qualquer estratégia de atuação na área criminal, até porque acho que é precipitado. É claro que dentro dos requisitos legais é possível pedir a prisão”, disse, em coletiva de imprensa ontem.A postura será diferente em relação a Mariana. “O MP quer aprender com os erros de Mariana. Sabemos que a Justiça para que seja efetiva, tem que ser célere. Vamos tomar todas as medidas para conseguir mais agilidade na reparação sócio-econômica às vítimas do desastre”, afirmou Andressa.

30-01-2019