Ibama e IEF fiscalizam uso ilegal de madeira em Ubá

Agentes fiscais do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)<MC0> iniciaram, no início da semana passada, a operação de fiscalização "Guardiões da Montanha II", que visa combater o comércio ilegal de madeira nativa da região amazônica no polo moveleiro de Ubá, na Zona da Mata mineira, considerado um dos maiores do país.


Dados do Ibama apontam que o polo recebe cerca de 20 mil m3 de madeira proveniente da Amazônia por ano, o que corresponde 500 carretas carregadas. Até agora, cerca de onze empresas já foram vistoriadas.


"Nesse momento, o principal problema é a diferença entre a quantidade de madeira encontrada no interior das empresas e a que foi comunicada aos órgãos ambientais no momento da emissão das autorizações para compra, consumo e venda", afirma o coordenador da operação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Alessandro Albino. "Após a análise detalhada da documentação trazida pelos proprietários das empresas, será possível detectar se existem irregularidades", acrescenta.


A operação utiliza informações dos sistemas eletrônicos de controle federal e estadual, que asseguram a legalidade da compra e da venda, além da aquisição da madeira e de seus produtos. Neste caso, o consumo de madeira proveniente da Amazônia deve ser comprovado pelas empresas e as informações prestadas ao Ibama, que constam na Guia de Controle Ambiental (GCA) emitida pelo Instituto IEF.


A ação fiscal percorrerá empresas produtoras de móveis em nove municípios da região de Ubá. Elas terão 48 horas para declarar todos os valores do estoque de madeira, caso contrário, serão multadas por crime ambiental. A primeira operação aconteceu em 2009, na região de Guanhães, no Vale do Rio Doce.