A economia no consumo de água neste mês de julho será determinante para que a Copasa adote ou não o racionamento na região metropolitana de Belo Horizonte. Por isso, é preciso que o consumidor supere a média de 15% dos últimos meses, e chegue mais próximo aos 30% de economia pedidos pela companhia.
Para ajudar nesse processo, uma equipe da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) desenvolveu uma ferramenta que calcula o consumo de água do cidadão e promete ajudar a quem não bateu a meta de economia. Ainda pouco conhecida, a calculadora analisa os hábitos de consumo de cada morador e estima o volume gasto diariamente por cada um deles.
Para o gerente de produção sustentável da Feam, Antônio Malard, o objetivo é proporcionar ao cidadão uma ferramenta para calcular o consumo em sua rotina diária e apresentar as possibilidades de redução, baseadas nas informações prestadas pelo usuário doméstico. “Dependendo do resultado, a ferramenta fornece dicas direcionadas aos hábitos individuais do consumidor”, explicou.
A psicóloga Itamara Ribeiro Guimarães, 35, já aderiu à ferramenta e aprovou a iniciativa. Após responder a uma série de perguntas, a calculadora foi incisiva quanto ao resultado: são gastos diariamente 140 litros por morador. O volume gasto é considerado “bom, mas ainda acima do considerado ideal pela Organização das Nações Unidas (ONU) – 110 litros/dia. “Achei o teste muito interessante porque, além de estimar o consumo, faz as pessoas pensarem nos próprios hábitos”, disse.
Já o administrador de banco de dados Paulo Silva, 38, surpreendeu-se com o volume gasto pela família: 180,3 litros/dia, considerado “razoável” pela tabela. “Na verdade, já diminuímos o tempo do banho, e compramos baldes enormes para aproveitar a água da máquina de lavar”, esclareceu Silva.
13-07-2015