Câmara vai à Justiça para conhecer dados da Copasa



O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Léo Burguês de Castro (PTdoB), impetrou ontem um mandado de segurança contra a Copasa, para garantir o acesso dos vereadores aos dados sobre o abastecimento público da capital. Eles querem acesso às informações sobre a situação dos reservatórios que abastecem a capital.

 

No início de novembro, a Câmara realizou uma audiência pública para discutir a possibilidade de racionamento na cidade e solicitou os dados à estatal. De acordo com os vereadores, relatos de moradores apontam para um “racionamento velado”, com corte sistemático no abastecimento em diversos bairros.

 

Durante a audiência, a Copasa negou o risco de racionamento, mas reforçou a necessidade de uso consciente da água, especialmente em período de seca.

 

Em nota, a Câmara diz que recorreu à via judicial porque “o diretor-presidente da Copasa, Ricardo Simões Campos, postergou por três vezes um encontro em que se definiria a visita da Comissão de Representação da Câmara Municipal aos reservatórios”.

 

“Normal”. A Copasa, também em nota, diz que não tem conhecimento da ação “mas reitera que na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) a produção de água está normal.” A região é abastecida por um sistema integrado das bacias do Velhas e do Paraopeba. Em novembro, a empresa inaugurou uma expansão do sistema Rio Manso, um dos que abastecem a cidade, para melhorar o serviço. A bacia do Velhas, também segundo a Copasa, recuperou seu volume com as chuvas dos últimos dias e está com sua produção máxima. Em outubro, o rio estava com 50% de sua vazão normal. Já na bacia do Paraopeba, onde estão os sistemas Rio Manso, Serra Azul e Várzea das Flores, “o volume das águas vem recuperando e está dentro do esperado para o período”.

04-12-2014