Primeiras chuvas salvam o Jaíba de racionamento



As primeiras chuvas de novembro já amenizaram a situação de risco de racionamento de água que os produtores de frutas do Projeto Jaíba viviam até o fim do mês passado, quando a Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou a redução da vazão da represa de Três Marias de 140 m³/s para 120 m³/s a partir de novembro, reduzindo, assim, o volume de águas do rio São Francisco, de onde eles captam água para irrigação. O alívio veio com a subida de nível do Velho Chico em 50 centímetros por causa da chuva no leito do rio das Velhas, na região metropolitana de Belo Horizonte. O Velhas é um dos principais afluentes do rio São Francisco e, com as chuvas, sua vazão foi aumentada em 200 m³/s. “O aumento de volume do rio das Velhas despejado abaixo de Pirapora permitiu que aumentássemos a captação de água de 10 m³/s para 20 m³/s”, explica o gerente da área de produção pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Paulo Roberto Carvalho.

 

A Codevasf divide a gestão do Jaíba com a Ruralminas em dois distritos de irrigação. “Não há mais a possibilidade de racionamento. Esperamos que o período chuvoso possa ser satisfatório para elevar o nível dos reservatórios, que se encontram vazios. O rio ainda está em recuperação. Com o aumento do nível dos reservatórios, será possível planejar uma gestão eficiente da água acumulada,” diz o presidente da Ruralminas, Luiz Afonso Vaz de Oliveira.

 

Aline Bastos, gerente do grupo Borborema (que produz diversas variedades de banana, limão, manga e mamão), completa: “Aqui está chovendo hoje (ontem) e há previsão de chuva para os próximos dias. A chuva chegou na hora certa. Aquela pressão que havia agora não há mais.”

14-11-2014