As cidades onde a crise hídrica é mais acentuada terão campanhas de uso consciente da água. Essas ações estão suspensas em razão do período eleitoral, mas a Copasa conseguiu uma autorização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para retomar as campanhas em Entre Rios de Minas (região Central), Arcos e Santo Antônio do Monte (Centro-Oeste), São Gonçalo do Sapucaí e Lavras (Sul), Rio Paranaíba e Campos Altos (Alto Paranaíba), Prata (Triângulo), Pará de Minas, Igarapé, Barbacena (Central), e Espera Feliz (Zona da Mata). De acordo com a empresa, nessas cidades "a situação tende a tornar-se mais grave em função da queda mais acelerada da vazão dos mananciais". A empresa atende a cerca de 600 municípios e vai voltar a realizar o alerta de uso consciente depois da eleição. Em algumas dessas cidades, a Copasa já cavou poços emergenciais para encontrar água e garantir o abastecimento da população.
Entenda
Um levantamento feito pela Agência Nacional de Águas (ANA) detectou que, até o ano que vem, 55% do total dos municípios brasileiros pode enfrentar problemas de abastecimento de água.
Em Minas, segundo a Copasa, a crise hídrica é a pior dos últimos cem anos. A empresa diz que, em média, a vazão dos rios do Estado caiu 40%, mas há casos mais críticos e, em algumas cidades, a falta de água já é uma realidade.
É o caso de Sete Lagoas e Itabira, região Central do Estado, e Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Nas regiões Sul e Alto Paranaíba, a Copasa já perfurou quase 40 poços em busca de água e duas cidades, Campos Gerais e Rio Paranaíba, acusam a empresa de fazer racionamento velado. Em Pará de Minas , na região Central, 56 poços não garantiram o abastecimento.
Em Belo Horizonte, a Copasa informou que não há racionamento.
Números
3.069 cidades terão problemas de abastecimento até 2015
R$ 22 bilhões é o investimento necessário nos sistemas
40% é quanto a vazão dos rios caiu em Minas Gerais
Lista
Na lista da ANA, são apontados problemas em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em São Paulo, a situação é crítica desde o início do ano.
24-09-2014