Minas Gerais pretende expandir a quantidade de cobranças pelo uso da água bruta – sem tratamento, retirada do leito de rios. A afirmação foi feita ontem pela diretora geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marília Melo, durante o primeiro dia da Semana das Águas, realizado na Universidade Federal de Minas Gerais, na capital. “Feita em algumas bacias, a cobrança pelo uso da água bruta nos permite um controle. Agora vamos expandir a prática”, justificou Marília.
Também durante o evento, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Adriano Magalhães, foi pessimista ao falar da necessidade de se produzir mais energia e preservar água. “Queríamos que fosse um quadro confortável, mas não é o que ocorre hoje. Temos problemas (de abastecimento) no Norte, no Leste e até no Sul de Minas”, exemplificou.
O portal Infohidro – ferramenta que permitirá ao governo do Estado divulgar as políticas públicas desenvolvidas para o setor – foi lançado ontem no evento. Disponibilizado no site, o primeiro Relatório de Gestão e Situação dos Recursos Hídricos detalha, por exemplo, o número de autorizações para o uso da água. Em 2012, quando houve 2.967 outorgas, os setores que mais demandaram o consumo foram a irrigação (com 339) e a indústria, com cem. Realizado por Igam e Secretaria de Estado de Meio Ambiente, o evento termina amanhã.
Saiba mais
Cadastro. Até abril, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente lançará o Cadastro Ambiental Rural. Por meio de um site, a população rural poderá cadastrar áreas de reserva ambiental. O governo pretende usar os dados para criar ações de preservação.