Estudo desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil alerta que quase 40% da água tratada no Brasil é desperdiçada. Apenas em São Paulo, R$ 250 milhões são investidos todos os anos para diminuir as perdas, mas o problema continua. Os vazamentos são apontados como o principal problema e podem causar danos bilionários. De acordo com o estudo, uma redução de apenas 10% das perdas do país representaria uma receita de R$ 1,3 bilhão, quase a metade do investimento feito em abastecimento de água em 2010.
No Brasil, a média de perda no faturamento das concessionárias é de 37,57%. Na Região Norte, mais da metade do faturamento é perdido. A média de perda da Europa é 15% e do Japão, 3%. "É uma perda enorme de recursos financeiros que poderia voltar para o sistema de saneamento para que mais pessoas tivessem água ou coleta e tratamento de esgoto", afirma Edson Carlos, presidente do Instituto.
A pesquisa salientou que um terço das cem maiores cidades do país precisa de um novo manancial para atender a população. A capital paulista é um exemplo. A Região Metropolitana de São Paulo tem 50 mil quilômetros de tubulações enterradas, extensão suficiente para dar uma volta e meia no planeta.
Todos os anos, segundo informações do portal G1, a empresa que abastece SP investe R$ 250 milhões para diminuir as perdas, com reforma nas instalações hídricas e busca minuciosa por vazamentos. O investimento já rendeu um índice de perda abaixo da média do Estado: 26%. A meta é chegar a 15% até 2020.
Neste ano, o investimento na rede de água de São Paulo deve subir para R$ 370 milhões, uma alta de quase 50% em relação a 2012. O aumento dos recursos é resultado de uma parceria com o Japão