Minas Gerais recolheu, durante o ano de 2012, um total de 3.235 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos que poderiam causar impactos negativos ao meio ambiente. Comparada com o mesmo período de 2011, esta atividade teve um aumento de 18,4%. O Estado manteve-se como o sexto do país em relação à destinação final adequada, sendo diretamente proporcional ao consumo, o qual também é o sexto.
Os dados são do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev). Mato Grosso ocupa um lugar de destaque com 8.692 toneladas, sendo o Estado que mais recolheu embalagens de agrotóxicos e o Paraná ocupa a segunda posição com 4.832 toneladas.
Cabe ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) fiscalizar o comércio, transporte, prestadores de serviços de aplicação, armazenamento e uso de agrotóxicos na agricultura. Desde 2002, realiza o recolhimento de embalagens vazias desses produtos em parceria com o Inpev. A atividade é obrigatória e está prevista em lei desde o ano 2000.
O IMA fiscaliza os estabelecimentos comerciais de agrotóxicos e afins onde os produtos são armazenados e vendidos. Nas propriedades rurais, verifica se os produtores praticam a devolução correta, com a preparação das embalagens por meio do processo de tríplice lavagem e inutilização.
Durante o ano de 2012 foram realizadas 4.077 fiscalizações em estabelecimentos comerciais, 368 em Prestadores de Serviço de Aplicação de Agrotóxicos e Afins e 5.589 do uso de agrotóxicos em propriedades rurais, totalizando 10.034 ações de fiscalização. Tais números consolidam Minas como referência nacional na área, sendo também o Estado que mais desempenhou ações de educação sanitária no contexto de agrotóxicos, atingindo um público de 19.000 pessoas.
Segundo o diretor-geral do Instituto, Altino Rodrigues Neto, o balanço do ano de 2012 foi positivo e a expectativa é manter a vigilância, aliada a atividades de conscientização junto aos agricultores e comerciantes. “A ação é de extrema importância, pois diminui os impactos ambientais ocasionados pelo acúmulo de resíduos do produto no solo e no ambiente. Quem faz a destinação final correta das embalagens colabora diretamente com a conservação ambiental de sua região”, comenta.