Catarina de Albuquerque mostrou “negativamente surpreendida” ao descobrir que conceito não consta da declaração ministerial do Fórum Mundial da Água, que começa nesta segunda-feira em Marselha, em França.
Direito à Água
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A relatora das Nações Unidas para o Direito à Água e ao Saneamento, Catarina Albuquerque, alertou a comunidade internacional para a necessidade de o recurso ser reconhecido como um direito humano.
Em comunicado, a relatora mostrou-se “surpreendida de forma negativa” ao constatar que a água não faz parte da declaração ministerial do 6º Fórum Mundial da Água, que começa esta segunda-feira, na cidade de Marselha, França.
Tempo de Soluções
O evento vai reunir delegações de 140 governos, representantes da sociedade civil e da comunidade científica. O tema este ano é “Tempo de Soluções”.
De acordo com Catarina Albuquerque, “os governos estão sendo inconsistentes com a decisão que tomaram, anteriormente, sobre o direito à água e ao saneamento básico, em trabalhos da Assembléia Geral”.
A relatora pediu aos governos, que participam do fórum, para realizar uma emenda no esboço da declaração. Para ela, ainda há tempo de fazer a mudança.
A especialista disse ainda que os padrões acordados sobre os direitos internacionais à água e ao saneamento devem servir de base também para as negociações da Rio + 20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, marcada para junho, no Rio de Janeiro.