Os atrasos nas obras de transposição das águas do Rio São Francisco já foram solucionados por parte do governo e este agora cobrará resultado da iniciativa privada. Foi o que informou ontem (08), a presidente Dilma Rousseff.
"Agora, nós queremos resultado. Nós negociamos, nós resolvemos os problemas técnicos que haviam, e agora queremos resultado e isso será cobrado. Eu cobro do ministro, o ministro cobra dos funcionários do Ministério da Integração, e nós todos vamos cobrar daqueles que estão executando as obras em parceria conosco, que são as empresas privadas e o Exército", disse Dilma durante visita às obras do Projeto de Integração da Bacia do São Francisco em Pernambuco.
Em agosto de 2007, a obra do canal Eixo Leste, que tem 287 quilômetros, foi iniciada e tinha como prazo original de término o final deste ano. Atualmente, 71% da obra está concluída. Com o atraso, a nova previsão é que fique pronto em dezembro de 2014. Já o Eixo Norte, que percorrerá 426 km de Cabrobó (PE) ao Ceará, apresenta 46% da obra concluída. A nova previsão de conclusão é dezembro de 2015.
"Nós não atrasamos os pagamentos, nós sempre pagamos em dia e escutamos os pleitos. E aqueles que nós consideramos tecnicamente justificáveis o ministro aceitou. Ele fez um processo de renegociação que é praticamente uma reengenharia e, a partir de agora, nós queremos, nós vamos cobrar metas, resultados concretos. Eu pretendo sistematicamente a partir de agora observar os prazos", disse a presidente após citar que fará o acompanhamento das obras online. Dilma informou ainda que providenciará uma reunião com os empresários responsáveis para acompanhar o trabalho das obras de transposição. "Isso significa prazo, isso significa ritmo adequado de obras", completou.
A obra do Rio São Francisco tem investimento previsto de R$ 6,8 bilhões. Doze milhões de pessoas que vivem em regiões de seca em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará deverão ser beneficiadas com a transposição.
O projeto foi dividido em 14 lotes e a maior parte foi destinada aos consórcios das construtoras. Os trechos que ficaram sob a responsabilidade do Exército estão quase prontos. Neles, no ano passado, o avanço foi três vezes maior que o das empreiteiras no Eixo Norte e cinco vezes maior no Eixo Leste.