Belo Horizonte discute alternativas para o transporte público sustentável

Debater e indicar uma proposta de incentivo ao uso de combustíveis de baixo potencial poluidor na capital mineira é o objetivo do seminário "O Uso dos Biocombustíveis no Transporte Público de Belo Horizonte", promovido pela Prefeitura desde terça-feira, dia 8, no Espaço Municipal JK (avenida Afonso Pena, 1.212, 1º andar, Centro). O evento, que termina na quarta-feira, dia 9, é aberto a todos os setores da sociedade ligados ao tema e interessados em contribuir com discussões que visam à melhoria da qualidade de vida na cidade. O seminário aborda também questões relacionadas aos biocombustíveis na política energética brasileira.

Durante a abertura, que aconteceu na terça-feira, o prefeito Marcio Lacerda destacou que o seminário é uma oportunidade para aprofundar o conhecimento do biocombustível e discutir a melhoria do transporte coletivo de Belo Horizonte, com a implementação do sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT). "Esse é um momento que temos de adotar as decisões corretas, de forma responsável e sustentável, não só na questão do BRT, mas na questão do transporte de uma maneira mais ampla", disse.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Nívio Tadeu Lasmar, afirmou que o seminário tem o objetivo de coletar diversas informações sobre a utilização dos biocombustíveis. Esses dados poderão ser adotados e desenvolvidos em ações de redução das emissões de gases poluentes. "O seminário poderá gerar dados que possam ser úteis na implementação dos projetos e programas da Prefeitura, que tem a meta de reduzir o índice de emissão de gases poluentes', afirmou.

A maioria da frota do transporte público utiliza óleo diesel como combustível básico, que inclui a adição de apenas 5% de biodisel. Belo Horizonte dispõe de 310 linhas municipais que envolvem o deslocamento diário de 2.854 ônibus, que perfazem 25.166 viagens diárias. A cidade tem, ainda, o transporte suplementar, feito através de 25 linhas, com uma frota de 289 microônibus, além de outras 13 linhas, com 32 veículos, que atendem vilas e favelas. São, portanto, 3.175 veículos.