Rio São Francisco

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) detectaram uma forte contaminação das águas do rio São Francisco na altura de Três Marias, região Central do Estado. Eles encontraram uma grande concentração de metais pesados - como zinco, cádmio e cromo - lançados pela metalúrgica da extinta Companhia Mineira de Metais (CMM), desde 1969, no córrego da Consciência, que deságua no Velho Chico.

Segundo a responsável pela pesquisa, a geógrafa Elizêne Veloso Ribeiro, o material pode causar câncer e afetar os sistemas nervoso e reprodutivo quando acumulado no organismo. Ela ressaltou que a metalúrgica - hoje controlada pela Votorantim Metais - não lança mais os metais na água. O também pesquisador Wallace Magalhães Trindade explica, porém, que os rejeitos formaram um "estoque de contaminação" no fundo do rio.

O gerente corporativo de meio ambiente da Votorantim Metais, Ricardo Barbosa, declarou que "não há risco nenhum à saúde humana" na região e que "os peixes não estão contaminados". Ele garante que a empresa não descarta mais resíduos no rio e monitora a área "exaustivamente".
A pesquisa detectou ainda a presença dos metais no córrego Barreiro Grande e em Pirapora, no Norte de Minas.