Minas pode banir também o plástico compostável

Plásticos de qualquer tipo, inclusive o compostável permitido hoje em Belo Horizonte, podem ser proibidos em todo o Estado. A ideia é do deputado Délio Malheiros (PV), que apresentou ontem um substitutivo ao Projeto de Lei nº 1023, que pretende banir as sacolinhas em Minas Gerais a exemplo do que acontece na capital. Como as cidades não têm estrutura para recolher as sacolas por meio de coleta seletiva, e não existem usinas de compostagem para encaminhá-las, Malheiros avalia que é ineficaz adotar o plástico compostável.

O substitutivo prevê que as sacolas compostáveis e o oxibiodegradáveis sejam permitidas por dois anos após a aprovação da lei. Depois, as embalagens retornáveis seriam a única alternativa. O projeto também prevê que a sacola retornável tenha garantia permanente. Isso significa que o consumidor poderá trocá-la por uma nova, sem custo, quando terminar sua vida útil, como acontece em países como Bélgica e França. Malheiros acredita que até o meio do ano a lei estadual seja aprovada.

O deputado Célio Moreira (PSDB), autor do projeto original, diz que vai recolher as contribuições recebidas em audiência pública ontem para "aperfeiçoar" o seu projeto. "O objetivo é fazer um projeto verde", disse. Ele acrescentou que não é favorável à venda de sacolas ao consumidor.

O superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, afirmou que para o setor é indiferente a permissão do plástico compostável, oxibiodegradável ou de nenhum tipo de plástico. "É um detalhe discutir se vai permitir o plástico oxibiodegradável ou biodegradável, pelo mal que fazem ao meio ambiente. O foco é a sacola retornável", afirmou.
Desde o início da proibição do plástico, já foram vendidas cerca de um milhão de sacolas deste
tipo.